Poema de Amor





Na manhã azul e quente do verão
Urgido ao sol laranja de data passada
Feneceu sua imagem em meu coração
Ganhando o tom sonoro de visão animada

Viva presença de um mundo inda breve
De um amor que brota das entranhas
Ressoa leve ao brado de uma barganha
Cantada pelo orador que entoa sua verve

O semblante que repousa sobre minha lápide
Que ressurge como Fênix da alma quase morta
E vibra na canção da voz doce da amada, égide
Do fulgor da imortalidade do espirito a porta

Ainda que me calem as barreiras e lições da vida
No entanto meu amor por ti, sol, mantém cativa
A existência de uma vida longe da minha vivida
O sentimento mais puro de amor e a alma ativa